29 de março de 2024

Vai comprar um imóvel? Saiba as taxas para financiar

Vai comprar um imóvel? Saiba as taxas para financiar

Se você vai comprar um imóvel e planeja contratar um financiamento, precisa conhecer as taxas da modalidade e as formas de pagamento

Comprar um imóvel é um dos principais sonhos dos brasileiros. No entanto, essa não é uma tarefa fácil, já que envolve investimento financeiro, que demanda, é claro, um bom planejamento. 

Nesse caso, um dos primeiros pontos a serem analisados é a forma de pagamento da aquisição do imóvel. É possível comprar a casa ou o apartamento à vista, mas essa não é a realidade da maioria da população. Desse modo, é necessário contar com o auxílio de instituições financeiras, que podem facilitar a compra do imóvel.

No Brasil, entretanto, a forma mais comum de se adquirir uma casa ou um apartamento é por meio do financiamento imobiliário. E a modalidade se tornou ainda mais recorrente em 2020, quando a taxa básica de juros, a taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia), atingiu patamares historicamente baixos.

De acordo com dados da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), os financiamentos imobiliários movimentaram, no último ano, mais de R$ 13,9 bilhões, o que representa um aumento de 84% em comparação com o mesmo período de 2019.

Apesar da popularidade do financiamento imobiliário, não é incomum encontrar pessoas que tenham inúmeras dúvidas sobre a modalidade. Por isso, o Blog da Arbo preparou esse guia completo: nesse texto você irá conferir o que é financiamento imobiliário, os principais tipos oferecidos pelas instituições financeiras e, é claro, as vantagens e as desvantagens da negociação.

Por fim, irá conhecer quais taxas incidem sobre o financiamento imobiliário, para que você saiba como se organizar e se planejar financeiramente.

O que é financiamento imobiliário?

O financiamento imobiliário é um dos principais meios de comprar imóveis no Brasil. Nessa modalidade, a instituição financeira paga ao vendedor da casa ou do apartamento o valor integral da negociação e, posteriormente, o comprador assume o compromisso de pagar o banco ou a fintech que quitou sua dívida.

Vai comprar um imóvel? Saiba as taxas para financiar

Para comprar um imóvel por meio de um financiamento imobiliário, é possível pagar ou não uma entrada. Na verdade, as possibilidades dependem de cada instituição financeira. 

De maneira geral, a negociação é indicada para indivíduos que não podem arcar com a compra da casa ou do apartamento à vista. Ao contratar um financiamento imobiliário, o comprador tem a obrigação de pagar a instituição financeira em parcelas, que podem durar meses e até mesmo anos.

Quando um indivíduo financia um imóvel, deve estar ciente de que, no período de pagamento das parcelas, não pode negociar a casa ou o apartamento. Isso significa que o imóvel só passa a ser propriedade do comprador após a quitação da dívida. 

Conforme mostrado acima, o mercado de financiamentos imobiliários está bastante aquecido no Brasil. Por isso, é comum que surjam diversos tipos de negociação, que visam atender aos perfis e às necessidades de cada comprador.

Quais são os tipos de financiamento para quem vai comprar um imóvel?

Os financiamentos imobiliários estão divididos em diferentes tipos. Cada modalidade possui especificidades, que devem ser analisadas pelo indivíduo antes da escolha da melhor opção. Veja abaixo os três principais tipos de financiamento no Brasil:

SFH (Sistema Financeiro de Habitação)

O SFH é o sistema de financiamento imobiliário mais comum entre os brasileiros. Os recursos provenientes dessa modalidade podem ser usados não somente para a compra de uma casa ou de um apartamento, mas também para a reforma ou para a construção total de um imóvel.

Desenvolvido pelo Governo Federal, o sistema permite o uso dos recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e estabelece que o financiamento deve ser de até 80% do valor total do imóvel. 

Nesse caso, a casa ou o apartamento não pode exceder o valor de R$ 1,5 milhão. Além disso, é necessário estar atento às demais condições, como:

  • A parcela do financiamento não pode comprometer mais do que 30% da renda mensal do contratante;
  • O prazo de quitação da dívida é de até 420 meses, ou seja, 35 anos;
  • A compra do imóvel deve ser feita apenas por PFs (Pessoas Físicas).
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SFI (Sistema Financeiro Imobiliário)

Também criado pelo Governo Federal, o SFI tem o objetivo de suprir as necessidades de cidadãos com necessidades específicas, que não estão previstas no SFH. Se você deseja comprar um imóvel que custa mais de R$ 1,5 milhão, por exemplo, deve contratar o financiamento SFI.

Ao contrário do SFH, essa modalidade permite que o valor do empréstimo seja de até 90% do valor total do imóvel. Outra diferença substancial entre os dois tipos citados é que o SFI é menos criterioso quanto à análise de crédito e, por isso, não estabelece um limite máximo de comprometimento de renda mensal. 

Apesar de possuir determinações menos severas do que o SFH, o SFI apresenta condições específicas, tais como:

  • O prazo de quitação da dívida é de até 420 meses, ou seja, 35 anos;
  • A compra do imóvel pode ser realizada tanto por PF quanto por PJ (Pessoa Jurídica);
  • A taxa de juros é variável.

Casa Verde e Amarela

Você se lembra do programa Minha Casa Minha Vida? Esse recurso não existe mais e, agora, foi substituído pelo Casa Verde e Amarela. O principal objetivo da iniciativa do Governo Federal é facilitar o acesso da população ao direito à moradia.

Para isso, o programa tem como foco famílias de baixa renda, que podem receber subsídios de até R$ 140 mil para a aquisição de uma casa ou de um apartamento.

O Casa Verde e Amarela também prevê a entrega de subsídios para famílias que desejam reformar seus imóveis.

Quer saber mais sobre o programa? O vídeo Programa Casa Verde e Amarela | Quem pode, diferenças e como funciona o novo Minha Casa Minha Vida, publicado no canal Monetizando, no YouTube. Vamos assistir?!

Quais são as vantagens e as desvantagens do financiamento imobiliário

O financiamento de imóveis é uma excelente opção para quem deseja realizar o sonho da casa própria, mas não possui o valor integral para realizar a compra do imóvel. Desse modo, é preciso, antes de contratar o empréstimo, verificar sua situação e as vantagens e as desvantagens da modalidade.

Vantagens do financiamento imobiliário

Uma das principais vantagens do financiamento imobiliário é a possibilidade de ocupação imediata do imóvel após a finalização do contrato. Isso significa que, após a concretização da negociação, você não precisa esperar para fazer sua mudança.

Além disso, é necessário considerar que o financiamento imobiliário oferece inúmeras possibilidades, que podem se adequar ao seu planejamento financeiro e às suas necessidades. Desse modo, é possível, por exemplo, contratar um financiamento sem conferir um determinado valor de entrada.

Desvantagens do financiamento imobiliário

As desvantagens do financiamento imobiliário também devem ser consideradas. Como a negociação do financiamento costuma ser mais rápida do que a de um consórcio, por exemplo, é necessário considerar que suas taxas são maiores.

Além disso, contratar um financiamento imobiliário é assumir um compromisso com o pagamento das prestações, que pode durar meses e até anos. Não se esqueça de que o imóvel só se torna sua propriedade e, portanto, só pode ser negociado após a quitação da dívida.

Quais são as taxas do financiamento imobiliário?

Para que você não tenha surpresas ao contratar um financiamento imobiliário, é importante conhecer as principais taxas que incidem sobre o valor das parcelas.

Após a aprovação do cliente na análise de crédito, a instituição financeira dá início aos serviços. Desse modo, cobra algumas tarifas para oficializar o contrato do financiamento. Na verdade, as tarifas variam de banco para banco, mas é possível elencar as principais.

A taxa de administração para cobranças e boletos é uma das mais comuns, mas seu valor não é absurdo. Na maioria das instituições, a tarifa costuma custar de R$ 30 a R$40 por mês. Além disso, o início do processo costuma ser marcado pelas cobranças relacionadas a:

  • Seguros;
  • Avaliação do imóvel.

Alguns seguros são de contratação obrigatória e, por isso, estão presentes em todas as instituições financeiras, como o MIP (Morte ou Invalidez Permanente). 

Outro fator que deve ser considerado são os juros, que, na maioria das instituições, estão atrelados à Taxa Referencial. No entanto, existem modalidades relacionadas ao IPCA (Índice de Preços do Consumidor) e, por isso, você deve avaliar o que melhor atende às suas necessidades para escolher o banco ou a fintech ideal.

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Não se esqueça de pesquisar sobre a instituição financeira antes de contratar um financiamento imobiliário. Avalie se as modalidades e as condições oferecidas estão de acordo com o seu planejamento.

O que achou desse conteúdo?

Agora que você já sabe o que é financiamento imobiliário e quais taxas devem ser pagas com a negociação, chegou o momento de nos contar se esse conteúdo foi útil para sua decisão de comprar um imóvel. Comente suas opiniões e suas impressões na caixa abaixo. Não se esqueça de, em caso de dúvidas, escrevê-las para que possamos ajudá-lo no que for possível.

E se você deseja conferir artigos semelhantes, veja os demais conteúdos do Blog da Arbo. Aqui você encontra informações sobre a simulação de financiamento, assim como dicas para avaliar se o financiamento imobiliário é a melhor escolha. Não deixe de visitar os artigos.

Conheça, também, a Central de Ajuda da Arbo, que reúne diversas informações e orientações para dúvidas do dia a dia. Lá você descobre, por exemplo, quais são os melhores provedores de internet das principais cidades do Brasil.

Para encontrar o imóvel ideal, visite o Portal da Arbo. Lá você pode realizar buscas de casas e de apartamentos de acordo com suas necessidades por meio de nossos filtros de pesquisa. Acesse!

autor danilo brandão
Danilo Brandão

Danilo Brandão é jornalista com mais de 5 anos de experiência em produção de conteúdo para o mercado imobiliário. É redator, revisor e editor do Blog da Arbo, além de ser responsável por outras frentes dentro da empresa.

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