24 de novembro de 2024

Imóveis à venda: intenção de compra cai, mas pesquisas no Google aumentam

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Chegou a newsletter que te mantém em dia sobre o mercado imobiliário! Nesta edição, compartilhamos alguns dados que desenham duas perspectivas diferentes para a venda de imóveis. 

De um lado, há a queda na intenção de compra de imóveis nos próximos 90 dias, mas por outro, há um aumento das buscas no Google por imóveis à venda.

No Giro pelo Brasil, mostramos que as locações de prédios corporativos e galpões próximos a centros logísticos estão aquecidas e revelamos qual é a cidade mais cara para morar de aluguel. 

No Giro pelo mundo, trouxemos o corte da taxa hipotecária na China, como medida para impulsionar o mercado imobiliário no país.

Boa leitura!

Imóveis à venda: intenção de compra cai, mas pesquisas no Google aumentam

Venda de imóveis: teremos um ano promissor?

Você observou uma queda na procura por imóveis disponíveis para venda no último trimestre do ano passado?

De acordo com o Raio X FipeZap do quarto trimestre de 2023, o número de pessoas que pretendiam comprar um imóvel nos próximos três meses caiu de 41% para 38% no período, atingindo o menor patamar desde o início da pandemia.

A pesquisa ainda mostrou que quem está em busca da casa própria está conseguindo desconto: 61% dos imóveis negociados no período foram vendidos com algum tipo de desconto. Este é o maior número registrado nos últimos três anos. A diferença média entre o valor anunciado e o valor final chegou a 11%.

💜 Desejo da casa própria segue liderando as preferências

Entre os potenciais compradores de imóveis, 93% planejam utilizar a residência como moradia, enquanto apenas 7% se qualificam como investidores.

Entre esses potenciais investidores, 72% têm como objetivo principal a obtenção de renda por meio do aluguel e 28% estão pensando na valorização e na venda futura como estratégia de investimento.

👍 Entenda por que o cenário é otimista

Mesmo que tenhamos observado uma queda nas intenções de compra, há indícios de mudanças à vista. 

Especialistas acreditam que o ciclo de cortes na Selic, que teve início em agosto passado, poderá estimular a aquisição de imóveis especialmente a partir do segundo semestre de 2024.

Vale lembrar que, atualmente, a Selic está em 11,25% ao ano, com previsões de novos cortes nos próximos meses.

Outro ponto que pode manter o cenário positivo para negócios é o aumento do acesso ao crédito. A redução dos juros do crédito permite que mais famílias possam contratar financiamentos, movimento que também impulsiona programas como o Minha Casa Minha Vida.

Com uma maior disponibilidade de crédito e condições mais favoráveis para financiar, espera-se que mais pessoas sejam incentivadas a investir no mercado imobiliário, tanto para aquisição da casa própria quanto para investimento. 

A diminuição da taxa de desemprego também pode estimular o mercado imobiliário. Em 2023, a taxa de desocupação fechou o ano em 7,8%. Este é o menor patamar registrado desde 2014 e representa uma queda de 1,8 ponto percentual em relação a 2022, quando a taxa de desemprego encerrou o ano em 9,6%.

🔎 Pesquisas no Google sobre compra de imóveis aumentaram

Alguns desafios importantes estão na mesa para o mercado imobiliário, já que o Raio X aponta queda na intenção de compra. Além disso, a redução da Selic ainda não foi sentida no bolso dos consumidores. Porém, neste início de ano, foi possível observar um aumento nas buscas por compra e venda de imóveis.

Dados do Google, divulgados pelo Valor Investe, indicam um crescimento médio de 12,2% nas buscas de compra e venda de imóveis em janeiro de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior. 

Esse aumento foi ainda mais expressivo em alguns estados, como Espírito Santo, Piauí e Tocantins, onde as buscas aumentaram mais de 20%.

E aí na sua região, como está a procura por imóveis disponíveis para venda?

Imóveis à venda: intenção de compra cai, mas pesquisas no Google aumentam

Locação de prédios corporativos segue em alta em São Paulo

As locações de prédios corporativos na cidade de São Paulo apresentaram um bom desempenho no ano passado e a tendência é que se mantenha movimentada neste ano, conforme apontam os dados da consultoria Newmark.

No quarto trimestre de 2023, a absorção bruta atingiu a marca de 137 mil m², um aumento de 153% em relação ao mesmo período de 2022.

No acumulado de 2023, as locações totalizaram 452 mil m², representando um aumento de 37% em comparação com o ano anterior. Este é o maior resultado já registrado desde o início da série histórica em 2007.

Quanto à absorção líquida, que considera o saldo entre áreas locadas e áreas devolvidas, observou-se um aumento de 170% no quarto trimestre e de 19% no ano, totalizando 73 mil m² e 142 mil m², respectivamente. 

💰 Valorização do metro quadrado

Com a demanda por espaços corporativos aquecida, os proprietários aumentaram os valores do aluguel.

Em 2023, o valor médio alcançou R$ 95 por metro quadrado ao mês, um aumento de 7% em relação ao ano anterior, mas em regiões onde a disponibilidade de espaços é menor, como na Faria Lima e Itaim Bibi, o metro quadrado pode variar entre R$ 220 a R$ 233 ao mês.

🔥 Locação de galpões também está aquecida 

Se a sua imobiliária tem galpões na carteira de imóveis para locação e está perto de centros logísticos do país, é bom ficar atento a um possível aumento da demanda por esse tipo de negócio.

De acordo com um estudo da consultoria Cushman & Wakefield, o mercado logístico do estado de São Paulo alcançou um recorde histórico em 2023, com 1,2 milhão de m²  líquidos absorvidos. 

Isso representou um aumento de 22,1% em comparação com o ano anterior.

No estado, as regiões com as maiores absorções líquidas anuais foram Guarulhos (373 mil m²), Barueri (327 mil m²) e Cajamar (248 mil m²). 

No Rio de Janeiro, a absorção líquida dobrou em relação ao período anterior, encerrando 2023 com 52,2 mil m². 

Minas Gerais também teve um desempenho notável, registrando um total de 244,5 mil m² de absorção líquida.

Barueri (SP) é a cidade mais cara para quem quer morar de aluguel

Morar de aluguel tem se tornado uma opção cada vez mais cara, e as recentes atualizações de índices de mercado refletem esse cenário. 

Em janeiro, o Índice FipeZap apresentou um aumento de 1,26%, enquanto o Índice de Variação do Aluguel Residencial (IVAR) registrou uma valorização ainda mais significativa, alcançando 4,2% no mesmo período.

Entre as cidades analisadas do índice FipeZap, Barueri (SP) desponta como a mais cara para quem busca morar de aluguel. 

De acordo com os dados mais recentes, o valor do metro quadrado na cidade atingiu a marca de R$ 59,65, superando até mesmo localidades como São Paulo (R$ 52,10), Florianópolis (R$ 50,34) e Rio de Janeiro (R$ 45,79).

Nos últimos 12 meses, a cidade que mais viu o custo do aluguel disparar foi Campinas, com uma valorização de 28,3%.

FGTS do Futuro promete impulsionar vendas pelo Minha Casa, Minha Vida

No próximo mês, o Governo Federal pretende lançar o FGTS do Futuro, aprovado pelo Congresso em 2022, com o objetivo de permitir que interessados em adquirir a casa própria utilizem depósitos futuros do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço como garantia para financiamentos imobiliários.

Com essa nova modalidade, a projeção é ampliar o acesso ao programa Minha Casa Minha Vida, especialmente para famílias com renda de até R$ 2,6 mil, contempladas na Faixa 1 do programa. 

Caso a medida seja aprovada pelo Conselho Curador do FGTS, cerca de 60 mil famílias poderão ser beneficiadas anualmente.

Com o FGTS do Futuro, o trabalhador que almeja conquistar a casa própria poderá ter acesso a parcelas até 26% mais altas.

Por exemplo, para um indivíduo com renda de R$ 2.640, os depósitos de 8% equivalem a R$ 211, possibilitando o acesso a uma parcela de até R$ 1.003. Já para alguém que ganha um salário mínimo (R$ 1.412), a parcela que poderá ser alcançada pode chegar a R$ 536, em vez dos cerca de R$ 420 atuais.

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China reduz taxa de juros hipotecários para estimular setor imobiliário

O Banco do Povo da China (PBoC), o banco central do país, tomou uma decisão que visa impulsionar o mercado imobiliário chinês, que vem enfrentando desafios. 

A redução aplicada à taxa básica de juros (LPR) de cinco anos, passou de 4,2% para 3,95%, representando a primeira diminuição desde junho de 2023. Esse corte de 25 pontos-base na taxa hipotecária é o mais amplo desde a introdução da LPR em agosto de 2019.

Embora houvesse expectativas de que o banco central também reduzisse a LPR de um ano, atualmente em 3,45%, para aliviar os custos dos empréstimos corporativos, essa taxa foi mantida inalterada.

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Até a próxima edição! 

Imóveis à venda: intenção de compra cai, mas pesquisas no Google aumentam

Ellen Ramos Cardoso
Ellen Ramos Cardoso

Ellen é jornalista e traz consigo uma bagagem que combina experiências em agências de comunicação, assessoria e jornais. É responsável pelos conteúdos aqui do blog e da Arbo 360º, com o compromisso de ajudar gestores e imobiliárias a descomplicar suas rotinas e impulsionar os resultados.

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