Dúvidas sobre a comissão de venda do imóvel? Veja tudo que você precisa saber sobre o assunto no Blog da Arbo!
O valor da comissão de venda do imóvel costuma ser uma das principais dúvidas de quem está começando a trabalhar como corretor. Entender como isso funciona é fundamental para que o profissional consiga direcionar sua carreira
Neste post do Blog da Arbo, vamos abordar os aspectos essenciais que você precisa conhecer sobre o tema. Você verá como é estabelecido o valor a ser pago como comissão, as diferenças entre quem atua como corretor autônomo e quem trabalha com imobiliárias e algumas dicas para lidar com as incertezas no campo financeiro. Confira!
- Como o valor da comissão de venda do imóvel é definido?
- Comissão para autônomos e CLT: tem diferença?
- Como lidar com as variações no salário?
Como o valor da comissão de venda do imóvel é definido?
Os valores pagos em caráter de comissão para a intermediação de negociações imobiliárias seguem uma tabela definida pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI), órgão responsável por habilitar o corretor para o exercício da profissão. Cada estado tem seu próprio conselho, que pode trabalhar com percentuais diferentes dos demais.
O cálculo da comissão, portanto, é feito de acordo com a tabela. Como exemplo, vamos considerar os percentuais validados pelo CRECI-SP:
Tipo de transação | percentual de comissão |
comissão para venda de imóveis rurais | 6% a 10% |
comissão para venda de imóveis urbanos | 6% a 8% |
comissão para venda de imóveis industriais | 6% a 8% |
comissão para venda judicial | 5% |
comissão para venda de empreendimentos | 4% a 6% |
comissão para locação de imóveis (sempre paga pelo locador) | 1 mês de aluguel |
comissão para locação por temporada (até 90 dias) | 30% sobre o valor recebido |
Vale destacar que a tabela é uma referência. Às vezes, a depender da imobiliária ou da incorporadora, há acordos com percentuais diferentes. O corretor deve ficar atento a isso para conseguir negociar condições melhores.
Quando a intermediação é feita para imóveis na planta, as construtoras e as incorporadoras costumam oferecer outros incentivos aos corretores. Geralmente, há premiações pelo alcance de metas.
Comissão para autônomos e CLT: tem diferença?
À princípio, o corretor imobiliário é considerado um profissional liberal. Assim, ele não recebe um salário fixo, e sim um proporcional pelas transações que realiza. Contudo, há situações em que a imobiliária contrata o corretor com carteira assinada, o que garante a ele tudo que é previsto pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), incluindo um salário fixo.
Esse tipo de contratação implica algumas alterações na comissão, que passa a ser dividida com a imobiliária. A divisão costuma ser algo em torno de 40% para o corretor e 60% para a empresa. Isso pode parecer uma desvantagem em um primeiro olhar, mas é importante considerar que o corretor se livra de certas despesas que o autônomo tem.
O gasto com telefone, internet e transporte pode pesar bastante no bolso do corretor, especialmente no início da carreira, quando ele ainda não é tão conhecido. Nesse contexto, fazer parte de uma imobiliária pode fazer bastante sentido como primeiro passo de um corretor iniciante.
Outro ponto a ser destacado é que, até que o contrato de venda ou locação seja concretizado, sempre existe o risco de uma das partes envolvidas desistir em cima da hora. Nesse caso, mesmo que o corretor tenha feito um longo trabalho de intermediação, ele não ganha nada.
Por outro lado, profissionais mais experientes podem ter grandes benefícios ao atuarem como autônomos. Ele pode até não ter o salário fixo, mas, quando consegue desenvolver uma boa carteira de imóveis e se comunicar bem com o público-alvo, obtém ganhos muito mais altos com a comissão de venda do imóvel.
Portanto, a decisão entre trabalhar como autônomo ou se associar a uma imobiliária depende muito de fatores individuais. Cabe a você analisar suas condições atuais e suas expectativas no longo prazo para escolher o melhor caminho.
Como lidar com as variações no salário?
Os ganhos de um corretor de imóveis são variáveis, especialmente para quem é autônomo. Por isso, o planejamento financeiro é obrigatório para quem não quer passar aperto. Veja algumas dicas básicas para se adaptar a essa realidade:
Estabeleça prioridades
Para começar, basta ter papel e lápis na mão – ou um aplicativo no celular ou no computador – para listar seus objetivos para o futuro. De início, anote tudo que vier à cabeça sem preocupações em colocar em ordem, pois isso será feito depois. Pense nas coisas que você gostaria de fazer esse ano, no próximo, daqui a cinco anos, 10 anos, etc.
Depois, pegue essas anotações e reflita sobre o que é prioridade. É possível que você perceba alguns objetivos que estavam na sua mente, mas talvez não façam tanto sentido numa visão de longo prazo. Ou, como os recursos sempre são escassos e nós temos que escolher onde alocá-los, você conclui que alguns itens nem valem a pena.
Planejamento financeiro: Entenda sua situação atual
Antes de caminhar até o seu objetivo, é indispensável saber onde você está agora. Só assim você terá condições de montar uma estratégia para alcançá-lo. Por isso, procure fazer uma espécie de balanço patrimonial das suas finanças.
Crie uma tabela com duas colunas. De um lado você marca todo o dinheiro que entra na sua conta ao longo do mês. Se você já tem algum bem em seu nome, como um carro, faça uma estimativa do quanto ele vale. Do outro, faça um detalhamento de todas as suas despesas – e também as dívidas, caso tenha alguma.
Depois, some os valores em cada lado e calcule a diferença entre as receitas e as despesas. Esse exercício fornecerá uma boa noção dos pontos problemáticos que precisam de alguma atitude sua para serem resolvidos.
Crie um método para controlar seu orçamento
O que foi dito nos tópicos anteriores sobre listar seus objetivos e listar as despesas será útil para criar um método de controle. Nesta etapa do planejamento financeiro, você deve colocar em prática algumas estratégias para conter os gastos, sempre de olho no que você pretende alcançar com tudo isso.
Para isso, é interessante pensar em como distribuir esse orçamento para diferentes finalidades. Dá para pensar em algo como: 50% para os custos fixos, 30% para investir em seus objetivos e 20% para gastar com atividades de lazer e entretenimento. Ajuste esses percentuais conforme suas condições financeiras.
Com um bom planejamento, sua trajetória como corretor de imóveis será mais sustentável no longo prazo. Outra vantagem é que você trabalhará com mais tranquilidade, sem ficar sempre com o foco direcionado para o dinheiro que precisa entrar.
Isso se reflete até na qualidade do seu atendimento, já que o cliente percebe facilmente quando o profissional só está interessado na comissão de venda do imóvel. O grande segredo para oferecer uma experiência diferenciada ao consumidor, no fim das contas, é se concentrar na solução para o problema dele.
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