Chegou a hora de ficar por dentro das notícias do mercado imobiliário!
Nesta edição, você vai ler que em São Paulo, mais da metade dos imóveis novos possuem menos de 45 m². Em Porto Alegre, os lançamentos de novas unidades aumentaram mais de 100% neste ano. Já em Fortaleza, cinco bairros receberam mais da metade das buscas por imóveis.
Ainda mostramos que o déficit habitacional no Brasil continua sendo um desafio premente, exigindo um investimento massivo de R$ 1,97 trilhão até 2033 para ser solucionado.
Entenda também como as incertezas econômicas nos Estados Unidos estão impactando as decisões sobre cortes de juros e saiba mais sobre as flutuações nos preços dos imóveis na Zona do Euro.
Boa leitura!
Mais da metade dos imóveis novos em SP tem menos de 45 m²
Dos quase 60 mil imóveis disponíveis para venda em São Paulo, 67% possuem menos de 45 m², enquanto 1% ultrapassa os 180 m². Os dados são da Pesquisa do Mercado Imobiliário (PMI) realizada pelo Secovi-SP.
Essa predominância de unidades menores não é por acaso. Mesmo em áreas valorizadas, os imóveis compactos tendem a ser mais acessíveis, gerando uma demanda maior.
Outro fator a ser considerado é o Plano Diretor de 2014, que praticamente incentivou os incorporadores a construírem unidades sem vagas de garagem para que elas fossem “emprestadas” aos apartamentos maiores. Além disso, até o ano passado, a construção de imóveis com área inferior a 50 m² era mais vantajosa devido ao cálculo de outorga onerosa.
🏠 Médio e alto padrão lideram lançamentos, mas econômicos vendem mais
O estudo ainda apontou que a maior parte desses novos imóveis não se enquadra nos requisitos do Minha Casa, Minha Vida (MCMV).
Aproximadamente 38% dos apartamentos lançados nos últimos 12 meses estão dentro do segmento econômico, enquanto os outros 62% pertencem a outros mercados, como o médio e alto padrão.
Apesar disso, fevereiro apresentou um cenário interessante. 63% dos lançamentos e 53% dos imóveis comercializados na capital paulista são do segmento econômico.
Déficit habitacional exige R$ 1,97 trilhão
Atualmente, o Brasil enfrenta um déficit habitacional estimado em 6,26 milhões de moradias. Para resolver essa questão até 2033, seria necessário um investimento de R$ 1,97 trilhão, segundo projeções da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic).
Esse montante cobriria o déficit atual e a demanda por novas moradias nos próximos dez anos, estimada em 6,6 milhões.
Para alcançar rapidamente essa meta, a Cbic calculou que seriam necessários R$ 961,5 bilhões. Porém, esse valor ultrapassa o montante destinado ao Minha Casa, Minha Vida entre 2023 e 2026, que é de R$ 394,1 bilhões.
Segundo a Cbic, todo o investimento para zerar o déficit habitacional teria um impacto significativo na economia nacional, impulsionando o PIB em R$ 220,4 bilhões ao ano, o que representa um crescimento anual de 2,1%. Além disso, a projeção sugere a geração de 9,18 milhões de empregos no setor da construção.
Lançamentos crescem mais de 100% em Porto Alegre
O primeiro trimestre de 2024 trouxe crescimento para o mercado imobiliário de Porto Alegre. De acordo com o Panorama do Mercado Imobiliário, realizado pelo Sinduscon-RS, o volume de lançamentos cresceu 111% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Apesar disso, as vendas não acompanharam o mesmo ritmo.
No período, foram comercializadas 800 unidades, uma queda de 16% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram vendidas 947 unidades. O VGV também registrou redução, passando de R$ 945 milhões para R$ 860 milhões.
No balanço anual, a capital gaúcha encerrou 2023 com resultados abaixo do esperado. Houve uma redução de 10% no número de unidades vendidas e de 6% no VGV.
Registros imobiliários alcançaram marco histórico em SP
A cidade de São Paulo alcançou um marco histórico ao registrar 15.682 transações de compra e venda em janeiro de 2024, conforme aponta o relatório Indicadores do Registro Imobiliário, produzido pelo Registro de Imóveis do Brasil (RIB).
Esse número representa um aumento de 3,6% em relação ao mesmo período de 2023 e marca o melhor desempenho já registrado para um mês de janeiro desde 2012.
Outras cidades também apresentaram resultados positivos, como Guarulhos com aumento de 33,5% nos registros imobiliários, Curitiba com 17,7%, Campinas com 14,3% Florianópolis com 8,4%, e Fortaleza, com 7,9%.
Por outro lado, cidades como Campo Grande (-24,7%), Londrina (-16,7%) e Recife (-10,3%) registraram quedas nas transações de compra e venda.
5 bairros de Fortaleza receberam mais da metade da busca por imóveis
Fortaleza tem 121 bairros, mas cinco se destacam nas buscas por imóveis, com mais de 50% das pesquisas. A informação foi levantada pelo Núcleo de Inteligência Imobiliária da Superlógica Arbo.
De acordo com o estudo, Meireles desponta como o bairro mais buscado em toda a cidade, com 21,04% das buscas.
Em seguida, aparecem Aldeota (10,08%), Jardim Iracema (8,33%), Mucuripe (7,45%) e Cocó (7,07%).
Quer conhecer os bairros mais buscados e a faixa de preço preferida para venda e locação na capital cearense? Acesse o Panorama do Mercado Imobiliário de Fortaleza e fique por dentro!
Minimercado pode valorizar imóveis
Os minimercados dentro dos condomínios é uma tendência que você deve ficar de olho ao captar novos imóveis para a carteira da sua imobiliária.
O motivo? Esse tipo de conveniência pode valorizar em imóvel em até R$ 50 mil.
Se você ainda não está convencido da importância de olhar para os minimercados, uma pesquisa do DataZap pode fazer você mudar de ideia, já que cerca de 30% das pessoas consideram a presença de minimercados um fator importante na decisão de compra ou locação de imóveis.
Os mercadinhos já superam a preferência dos consumidores em relação a itens que bombaram nos últimos anos, como quadra, sauna, piscina, coworking, lavanderia compartilhada e rooftop.
Além disso, a pesquisa apontou que a preferência pelos minimercados é maior entre os millennials (30 a 40 anos) e a geração X (40 a 60 anos), principalmente entre aqueles que têm renda maior do que 10 salários mínimos.
Incertezas impedem queda de juros nos EUA
Recentemente, o Federal Reserve (Fed), equivalente ao banco central dos Estados Unidos, anunciou sua decisão de manter as taxas de juros na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano. A motivação por trás dessa decisão foi divulgada na última semana e está diretamente relacionada à sustentabilidade da inflação no país.
De acordo com a ata da reunião do Comitê Federal de Política Monetária (Fomc), os membros optaram por manter os juros elevados por mais tempo, devido às incertezas econômicas e aos riscos de inflação.
🤔 Por aqui, movimento parecido podem frear queda da Selic
Enquanto isso, aqui no Brasil, como já mencionado em nossa primeira edição de abril , o Copom, que vinha implementando cortes progressivos na taxa Selic desde agosto de 2023, sinalizou uma possível pausa nessas reduções.
As incertezas relacionadas ao comportamento da inflação, mercado de trabalho aquecido e atividade econômica em ascensão estão na lista de motivos que levariam ao possível fim do ciclo de cortes na Selic.
Imóveis mais baratos na Zona do Euro
Comprar um imóvel na Europa ficou mais barato no último ano, segundo dados do Índice de Preço de Habitação medidos pela Eurostat.
No quarto trimestre de 2023, os preços da habitação na zona do euro caíram 1,1% em comparação com o mesmo período do ano anterior. As maiores quedas foram registradas em Luxemburgo (-14,4%), Alemanha (-7,1%) e Finlândia (-4,4%).
🤑 Nos últimos 13 anos, preços explodiram
Entre 2010 e 2023, os preços dos imóveis na União Europeia registraram um crescimento médio de 48%.
Os preços mais que dobraram em países como Estônia (+217%), Hungria (+185%) e Lituânia (+162%). Já a Itália (-8%) e Chipre (-3%), registraram queda nos preços das casas no mesmo período.
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Até a próxima edição!