Olá! Está na hora de se atualizar sobre as principais novidades do mercado imobiliário.
Nesta edição, destacamos os principais acontecimentos do mercado imobiliário em 2023, desde a dinâmica do crédito imobiliário até o comportamento das vendas, passando pelos movimentos da Selic e a valorização do aluguel.
Acompanhe nossa retrospectiva do ano que está prestes a se despedir e fique por dentro dos números e cenários que moldaram o mercado imobiliário nos últimos meses.
Leia também as últimas notícias do setor.
Boa leitura! 🚀
Retrospectiva: principais acontecimentos do mercado imobiliário em 2023
À medida que o dia 31 de dezembro se aproxima, é inevitável refletir sobre o tudo o que aconteceu em 2023 no mercado imobiliário.
No início do ano, o aumento da Selic, os desafios pós-pandemia e as incertezas políticas ligadas às eleições levaram investidores e profissionais do mercado imobiliário a um estado de apreensão.
E, mesmo diante das adversidades, o setor enfrentou os desafios e alcançou resultados satisfatórios nos meses seguintes
A seguir, destacamos alguns dos principais acontecimentos que marcaram o cenário imobiliário ao longo de 2023.
💰Crédito imobiliário via poupança teve altos e baixos
Iniciamos 2023 com uma queda considerável no valor destinado a financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).
Naquela ocasião, o boletim informativo da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) mostrou que o crédito imobiliário através do SBPE somou R$11,9 bilhões em janeiro de 2023, indicando queda de 15,2% em relação a dezembro de 2022.
Mesmo assim, na série histórica, esse foi o terceiro maior volume para um mês de janeiro.
Ao longo do ano, o valor foi se mantendo instável, ora subia, ora apresentava queda em relação ao mês anterior.
Com base nos boletins divulgados até o momento, março foi o mês com maior volume de recursos destinado ao financiamento imobiliário, somando R$17,4 bilhões. Já fevereiro teve o menor valor de financiamento via SBPE, somando R$10,5 bilhões.
⬇️Selic registrou queda, mas isso ainda não refletiu no financiamento
Depois de ter um aumento de 4,5 pontos percentuais em 2022 e iniciar 2023 em 13,75%, a taxa básica de juros do país teve redução de 2 pontos percentuais, chegando ao valor de 11,75%.
Como nós sabemos, qualquer movimentação na Selic reflete no financiamento imobiliário.
Então, quando a Selic sobe, o financiamento imobiliário tende a acompanhar esta subida rapidamente, mas, por enquanto, a redução dos juros ainda não teve tantos impactos nos financiamentos imobiliários.
A expectativa é que o consumidor sinta no bolso essa diferença na taxa de juros só no segundo trimestre de 2024 porque, após a redução da Selic, demora um tempo para que haja a recomposição da renda.
👍Venda de imóveis aumentou mais de 20% em 2023
Mesmo que os reflexos da Selic ainda não tenham chegado ao bolso do consumidor e que o Boletim Informativo de Crédito Imobiliário e Poupança tenha mostrado instabilidade nos valores destinados ao financiamento, as vendas de imóveis foram satisfatórias neste ano.
De acordo com a última atualização do indicador Abrainc-Fipe, as vendas aumentaram 22% no acumulado entre janeiro e setembro, em comparação com o mesmo período de 2022. Isso significa que foram vendidas 113.191 unidades, que geraram um VGV de R$32,7 bilhões.
💎Médio e Alto padrão vive ano glorioso
Um dos segmentos que puxou o aumento das vendas de imóveis foi o de médio e alto padrão (MAP).
Segundo o indicador Abrainc-Zap, até setembro o segmento registrou um crescimento de 18,9% no número de negócios fechados e de 13% VGV. Isso significa que foram vendidas 31.230 unidades que resultaram no montante de R$14,4 bilhões.
❤️Minha Casa Minha Vida também têm resultados positivos
A retomada do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) também impulsionou a venda de imóveis.
Ainda de acordo com os dados referentes à última atualização do indicador Abrainc-Fipe, nos primeiros nove meses do ano, os imóveis destinados ao programa acumularam altas de 22,9% no volume de unidades comercializadas e de 32,9% no valor de vendas.
Além disso, na semana passada, o ministro das Cidades, Jader Filho, revelou que o MCMV está superando as expectativas e deve fechar o ano com aproximadamente 550 mil financiamentos, enquanto a meta inicial era de 375 mil.
🧱PIB da construção civil deve crescer, mas abaixo do esperado
A estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) do setor da construção para o encerramento de 2023 foi divulgada recentemente pelo Sindicato da Indústria da Construção do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV). E, embora o cenário preveja crescimento, ele vai ser abaixo do esperado.
De acordo com os números apresentados, espera-se que o PIB do setor registre um aumento de 1,2%.
É importante destacar que a expectativa inicial apontava para um crescimento de 2,4%, conforme divulgado em dezembro do ano passado, mas em junho deste ano, as entidades revisaram a previsão para um patamar mais conservador, projetando um crescimento de 1,5%, em resposta ao cenário econômico.
🏠Imóveis para venda ficaram mais caros
Até o mês de novembro, os dados do Índice FipeZAP de Venda Residencial revelaram valorização dos imóveis para venda, acumulando um aumento de 4,82% em 2023.
O balanço parcial do ano revelou que essa valorização superou não apenas a variação negativa do IGP-M, que registrou queda de 3,89%, mas também se destacou em relação à inflação ao consumidor.
Esta última, calculada com base no comportamento observado até outubro e a prévia de novembro do IPCA, alcançou alta de 4,09%.
Comparando mensalmente a valorização dos imóveis para venda, todos os meses do ano registraram aumento no valor de venda.
Em janeiro, os preços residenciais avançaram 0,30% em relação ao último mês de 2022 e chegaram a 0,54% em outubro, mês que registrou maior valorização em relação ao período anterior.
🔷Cidades mais valorizadas quando o assunto é a venda de imóveis
O Índice FipeZAP de Venda Residencial monitora 50 cidades e todas elas tiveram valorização no preço dos imóveis.
Entre as capitais, as que mais tiveram maior aumento no preço dos imóveis foram Maceió (+15,44%), Goiânia (+13,11%) e Campo Grande (+12,46%).
Entre as demais cidades, os destaques foram São José (+18,20%); Itapema (+17,55%) e Itajaí (+13,04%), todas localizadas em Santa Catarina.
🤑Acumulado do aluguel é quase 5 vezes maior que inflação
O Índice FipeZAP de Locação Residencial apresentou uma expressiva alta de 15,02% no balanço parcial de 2023, considerando os dados até outubro.
Esse desempenho está acima das variações acumuladas tanto pelo IPCA que registrou alta 3,75%, quanto pelo IGP-M que teve variação negativa de 4,46%.
Ao analisar a variação mensal na valorização dos aluguéis, março se destacou como o mês com a maior variação no valor do aluguel em 2023. Nesse período, o custo das locações experimentou um aumento significativo de 1,75% em relação ao mês anterior.
Por outro lado, outubro registrou a menor alta mensal ao longo do ano, com um aumento de 0,70% em relação ao mês anterior.
🔷Cidades com maior valorização no aluguel
Todas as 25 cidades monitoradas acompanharam o resultado positivo do índice.
Entre as capitais, os destaques foram Goiânia (+33,69%), Florianópolis (+27,67%) e Fortaleza (+22,48%).
Já entre as demais cidades, as que tiveram maior valorização do aluguel foram Campinas (28,02%), Ribeirão Preto (+16,09%) e Santos (+14,37%).
📈Como ficaram os principais índices do mercado imobiliário em 2023?
Existem alguns indicadores que são fundamentais para análise e previsão das tendências do setor, ajudando imobiliaristas, investidores e compradores a tomarem decisões assertivas e estratégicas, como IPCA, IVAR, IGP-M e INCC-M.
Veja a variação percentual desses índices ao longo do ano.
O IVAR, que influencia no valor dos aluguéis, iniciou 2023 com acumulado de 10,74% e está finalizando o ano com acumulado de 7,43%*.
O IPCA, que interfere nos financiamentos imobiliários, começou o ano com acumulado de 5,77% e está terminando 2023 com acumulado de 4,68%*.
O IGP-M, que é usado como base para reajuste dos aluguéis, iniciou 2023 com acumulado de 3,79% e está finalizando o ano com com desvalorização de 3,46%*.
O INCC-M, que mede a alteração dos gastos dos imóveis habitacionais que estão em fase de construção, começou o ano com acumulado de 9,05% e está terminando 2023 com acumulado de 3,33%*.
*Os valores acumulados são referentes aos últimos 12 meses, com base na última atualização dos índices que ocorreu no final de novembro ou início de dezembro.
Um quinto dos brasileiros moram de aluguel
Entre 2016 e 2022, aumentou a proporção de pessoas que optam pelo aluguel, passando de 17,3% para 20,2%, conforme dados do IBGE.
A opção pelo aluguel atinge sua maior expressividade na faixa etária de 15 a 29 anos, atingindo 25,6% da população dessa idade, coincidindo com o período em que, frequentemente, os jovens saem da casa dos pais.
Em contrapartida, a fatia da população brasileira que reside em domicílios próprios e completamente quitados vem apresentando uma queda nos últimos anos, diminuindo de 67,8% para 64,6% no mesmo período.
Os imóveis próprios têm maior proporção na faixa etária com 60 anos ou mais, atingindo 83,9% da população nessa idade.
80,3% dos moradores do Acre têm imóvel próprio
No Acre, há predomínio de moradores em casas próprias, seja já quitadas ou em processo de pagamento, segundo o levantamento Síntese de Indicadores Sociais do IBGE
A pesquisa mostrou que, até 2022, 79,7% da população do estado residiam em moradias próprias completamente quitadas. Essa marca supera a média da região Norte, que ficou em 75,2%, e a média nacional, que atingiu 66%.
Além disso, um adicional de 0,6% dos moradores ainda está pagando a casa própria.
Somando ambas as situações, chega-se a um total de 80,3% dos habitantes do estado que possuem a tão sonhada casa própria.
Construção civil projeta um 2024 aquecido
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) prevê um cenário aquecido para a construção civil no primeiro semestre de 2024, impulsionado principalmente pelas iniciativas municipais.
Para o ano como um todo, a CBIC prevê um crescimento do setor da construção em torno de 1,3%.
A CBIC ainda destacou os fatores que podem impulsionar o setor em 2024, como a redução na taxa básica de juros, que estimula investimentos mais robustos, além da produção de unidades habitacionais da faixa 1 do programa Minha Casa Minha Vida e o aumento nos saldos das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Chegamos à última edição da Arbo 360º deste ano, e queremos expressar nossa gratidão a você, que acompanhou este projeto ao longo de 2023.
Aproveitamos para informar que a Arbo 360º retorna repleta de novidades no dia 8 de janeiro de 2024. Estamos ansiosos para compartilhar mais informações, análises e tendências que impactam o cenário imobiliário.
Agradecemos por você fazer parte desta jornada em 2023 e desejamos a todos boas festas, repletas de alegrias e momentos especiais ao lado de seus familiares e amigos.
Que o ano novo seja repleto de sucesso, prosperidade e resultados positivos.
Até breve!