21 de novembro de 2024

Comprar imóveis deve ficar mais caro em 2024

Arbo 360 giro de notícias mercado imobiliário

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No nosso “Giro de notícias pelo Brasil”, trazemos um relatório que mostra que comprar imóveis em 2024 deve ficar mais caro e explicamos quais fatores podem influenciar na valorização dos imóveis disponíveis para venda.

Sobre o mercado de locação, falamos sobre a desvalorização do aluguel, com base no IVAR e refletimos se a baixa procura de imóveis por jovens universitários é um alerta para as imobiliárias que trabalham com esse público.

No “Giro de notícias pelo mundo”, destacamos que a taxa de escritórios vazios nos Estados Unidos é a mais alta desde 1979.

Boa leitura!

Comprar imóveis deve ficar mais caro em 2024

Comprar imóveis vai ficar mais caro em 2024

A desaceleração da inflação no Brasil, que encerrou o ano de 2023 com um acumulado de 4,62%, aliada ao aumento do acesso ao crédito e aos baixos níveis de estoque, aponta para a tendência de manutenção dos preços dos imóveis em alta ao longo de 2024.

Essa projeção é respaldada pelo relatório “Global Housing and Mortgage Outlook 2024” da Fitch Ratings, que prevê um crescimento dos preços dos imóveis para a maioria dos países analisados no relatório, tais como Colômbia, México, Canadá e Austrália.

De acordo com o relatório, aqui no Brasil, a projeção é que o preço dos imóveis tenha uma valorização entre 4% a 6%, tanto em 2024 quanto em 2025.

Vale lembrar que, em 2023, o preço do imóvel subiu em média 4,82%, conforme o Índice FipeZap de Venda Residencial.

📈Baixo estoque dos imóveis influencia no preço de venda

Na semana passada, o Boletim Econômico divulgado pela ABRAINC revelou uma queda de 8,1%* nos lançamentos de unidades em comparação ao mesmo período de 2022.

E, o que isso tem a ver com a expectativa de aumento do preço dos imóveis disponíveis para venda? Tudo!

Se o número de vendas continuar no ritmo atual (22% de aumento até setembro de 2023) e não houver novos lançamentos, o estoque de novos imóveis à venda pode esgotar. 

Segundo o Boletim Econômico da ABRAINC, a redução dos lançamentos de médio e alto padrão ao longo de 2023 (-42,3%), aliada a um aumento nas vendas (18,9%), resultou na diminuição da duração dos estoques de 23,8 meses em janeiro para 17 meses em setembro. 

Já nos lançamentos do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), a oferta está crescendo (22,9%), e a duração do estoque caiu para 9,6 meses.

Mas o que isso tem a ver com o preço dos imóveis? Tudo! 

Como observado em 2023, quando as vendas de médio e alto padrão diminuíram, as incorporadoras lançaram menos, mas aumentaram os preços para manter os negócios viáveis. 

Já no MCMV, há uma demanda significativa por imóveis populares, e à medida que o acesso ao crédito for facilitado, a tendência é que a demanda cresça ainda mais. 

Esses fatores combinados podem exercer pressão adicional sobre os preços dos imóveis, principalmente se a oferta não acompanhar a demanda crescente.

*Dados acumulados até setembro/2023.

💰Mudanças no rendimento do FGTS também deve aumentar preço dos imóveis

A revisão do FGTS também é uma variável que pode impactar o preço dos imóveis. Desde o ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) vem analisando uma ação que propõe a utilização da Taxa Referencial (TR) na correção dos saldos das contas vinculadas ao FGTS.

A expectativa é que a conclusão desse julgamento ocorra no primeiro semestre de 2024. De acordo com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), caso haja uma alteração no rendimento do fundo, o custo de oportunidade tende a aumentar.

A previsão da ABRAINC é que o custo do FGTS suba 3 pontos percentuais, passando de 3% ao ano mais TR para 6,17% mais TR, equivalente ao rendimento da poupança.

Essa revisão pode deixar o financiamento imobiliário mais caro, principalmente a partir de 2025.

Comprar imóveis deve ficar mais caro em 2024

Aluguel registra maior queda em 3 meses

Em dezembro de 2023, o Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR) registrou uma variação negativa de 1,16%, marcando a queda mais acentuada desde setembro, quando a variação do índice atingiu -1,74%. 

Essa redução pode ser atribuída a fatores sazonais, já que ajustes nos contratos de locação raramente ocorrem com frequência durante o último mês do ano.

📊Efeito estatístico influencia acumulado nos últimos 12 meses.

A taxa do IVAR acumulada nos últimos 12 meses apresentou um leve aumento, passando de 7,43% em novembro de 2023 para 7,46% em dezembro do mesmo ano.

De acordo com André Braz, coordenador dos índices de preços do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), em entrevista ao Valor Investe, essa mudança é explicada por um efeito estatístico. 

Em dezembro de 2022, o IVAR teve uma queda mais acentuada do que no mesmo período do ano anterior, influenciando a série de 12 meses.

Agora em janeiro, a expectativa é que o valor acumulado dos últimos 12 meses volte a cair, possivelmente beneficiado por outro efeito estatístico. Isso se deve ao aumento de 4,2% registrado em janeiro de 2023. 

Já para a variação mensal, em janeiro a expectativa é que haja um aumento estimado de 4%.

Aluguel universitário está em queda?

O mês de janeiro geralmente é marcado pelo movimento intenso e pelo aumento nos valores dos aluguéis universitários, devido à preparação para o início do ano letivo. 

Normalmente, jovens entre 18 a 20 anos, movimentam o setor de aluguel já que buscam apartamentos de um ou dois dormitórios, preferencialmente mobiliados, nas regiões centrais e próximas às universidades.

Em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, o movimento típico desta época do ano está abaixo do esperado. Segundo o mercado local, hoje, 30% dos contratos fechados são por estudantes, mas até 2020 esse número chegava a 60%.

Mas será que a queda no aluguel universitário é uma tendência nacional?

De acordo com o Censo do Ensino Superior de 2022, realizado pelo Ministério da Educação, o número de ingressantes em cursos presenciais vem reduzindo desde 2014 em todo o Brasil. 

O estudo revelou que em 2022, 72% dos alunos que foram aprovados no ensino superior privado optaram por estudar à distância. 

Além disso, em todo o país mais de 3 milhões de estudantes estavam matriculados em cursos EaD, o que representa um aumento 87% em relação a 2014. Já em cursos presenciais, o número de matriculados era de 1,6 milhão.

À medida que mais alunos optam pelo ensino remoto, a demanda por moradias próximas às universidades que oferecem essa modalidade de ensino pode diminuir, influenciando nos valores dos aluguéis. 

Se você trabalha com esse público na sua imobiliária, vale a pena acompanhar de perto essa mudança para entender se ela pode influenciar nos seus negócios.

Terceira residência é tendência no mercado de luxo

Para quem trabalha com imóveis de luxo, as terceiras residências, que são os imóveis de investimentos, em que os proprietários acabam indo com menos frequência, mas apostam na locação, é uma das tendências para o setor, segundo o Radar Terracota divulgado na última sexta-feira. 

Para quem trabalha com esse segmento, vale a pena ficar de olho em lançamentos em praia, campo e condomínio, principalmente no Rio de Janeiro, sul da Bahia, nordeste brasileiros e outros mercados de alto padrão, como o litoral catarinense, porque quem tem maior poder aquisitivo e está em busca de diversificar seus investimentos, pode priorizar esse tipo de imóvel.

Comprar imóveis deve ficar mais caro em 2024

Taxa de vacância de escritórios bate recorde

Atualmente, há mais espaços de escritórios vazios nos Estados Unidos do que em qualquer outro momento desde 1979, é o que revela o relatório Moody’s Analytics, responsável por rastrear as vagas de locação de escritórios naquele ano.

As mudanças nos modelos de trabalho provocados pela pandemia de Covid-19 é o principal motivo que explica por que há tanto escritório vazio nos Estados Unidos.

🖥️Trabalho remoto e seus efeitos no mercado imobiliário

A taxa nacional de vacância de escritórios atingiu um recorde de 19,6% no quarto trimestre de 2023. Esse é o maior aumento trimestral desde o primeiro trimestre de 2021 e maior do que o nível de 19,3% alcançado duas vezes em 40 anos.

A título de curiosidade, antes da pandemia, a taxa média de vacância de escritórios era de cerca de 16,8%.

➡️Efeito dominó

A alta taxa de vacância impacta não apenas proprietários, investidores e imobiliárias, que se veem com imóveis parados em suas carteiras, mas também repercute em outros setores.

Restaurantes, varejistas e outras pequenas empresas, que contavam com a presença constante dos trabalhadores de escritórios também enfrentam desafios. 

Com a redução da atividade nos escritórios, esses estabelecimentos veem uma queda em sua clientela habitual, desencadeando um efeito dominó econômico.

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Até a próxima edição! 

Comprar imóveis deve ficar mais caro em 2024

Ellen Ramos Cardoso
Ellen Ramos Cardoso

Ellen é jornalista e traz consigo uma bagagem que combina experiências em agências de comunicação, assessoria e jornais. É responsável pelos conteúdos aqui do blog e da Arbo 360º, com o compromisso de ajudar gestores e imobiliárias a descomplicar suas rotinas e impulsionar os resultados.

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