28 de março de 2024

Conheça os indicadores do mercado imobiliário

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Conhecer os indicadores do mercado imobiliário é um passo fundamental para quem deseja investir no setor. Nesse texto você confere os principais itens e, ainda, como acompanhá-los

Trabalhar com compra, venda e locação de imóveis exige conhecimentos diversos para assegurar que os recursos sejam aplicados com eficácia. Por isso, é importante compreender os principais indicadores do mercado imobiliário e, ainda mais, como acompanhá-los e interpretá-los.

Para ajudar você a desenvolver as habilidades e competências essenciais da gestão de imóveis – seja para uso próprio ou para rentabilizar a propriedade –, o Blog da Arbo preparou esse texto, no qual você vai conferir:

O que são indicadores do mercado imobiliário?

Os indicadores imobiliários, como o próprio nome sugere, são painéis que apresentam informações numéricas aos interessados no setor. A compreensão dos dados é importante para a avaliação do cenário atual do mercado e, com isso, o comprador ou o investidor tem a possibilidade de verificar se o momento é o ideal para uma negociação.

No caso do mercado imobiliário, existe uma infinidade de indicadores. No Brasil, alguns são públicos, enquanto outros são próprios, ou seja, são calculados por instituições privadas, como a FGV (Fundação Getúlio Vargas).

Se você se interessa pelo mercado imobiliário, já deve conhecer alguns de principais indicadores, tais como:

  • Taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia);
  • IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado);
  • INCC (Índice Nacional de Custo da Construção);
  • IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

Além dos citados, é possível citar o ICON (Índice de Custos Condominiais), a PMI (Pesquisa do Mercado Imobiliário) e a Pesquisa Mensal de Locação Residencial, que tem seus dados coletados pelo Secovi (Sindicato de Habitação).

Os indicadores do mercado imobiliários são essenciais para que indivíduos e empresas avaliem a viabilidade e as vantagens de uma negociação. Isso porque as informações fornecidas permitem a verificação do cenário atual do setor no Brasil e, portanto, as condições de compra e de venda de imóveis.

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Os indicadores do mercado imobiliário são essenciais para que o comprador/investidor avalie a realidade do setor

Qual é a importância dos indicadores?

Conforme citado anteriormente, os indicadores do mercado imobiliário apresentam dados relevantes sobre a realidade atual do setor. Dessa forma, sua importância está relacionada, principalmente, à possibilidade que o comprador e/ou que o investidor tem de avaliar e de comparar as informações.

São os indicadores do mercado imobiliário que oferecem, por exemplo, a análise de viabilidade de compra de um imóvel. Suponha, por exemplo, que você deseja comprar um apartamento e, para isso, irá precisar contratar um financiamento imobiliário.

Nesse caso, você deve acompanhar a Taxa Selic, bem como os efeitos que esta possui nas linhas de crédito do País. De maneira geral, quanto mais alta for a taxa, maiores são os juros cobrados pelas instituições financeiras na contratação de financiamentos.

Entretanto, para analisar a Taxa Selic – ou qualquer outro indicador do setor –, você precisa considerar o cenário histórico, social e econômico. Atualmente, por exemplo, a Taxa Selic está em 4,25% ao ano, valor superior ao que foi registrado no final de 2020.

Apesar do aumento, o número ainda é baixo quando comparado com os 14,25% ao ano que eram praticados entre 2015 e 2016. Ao comparar os dados atuais com o que foi registrado no passado, é possível verificar se a negociação é algo viável ou não.

O caso da Taxa Selic é apenas um exemplo, uma vez que, para investir no mercado imobiliário, é importante estar atento a uma série de fatores. Para isso, é importante que você não somente conheça os principais indicadores do setor, mas também saiba como compreendê-los e como interpretá-los.

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Os principais indicadores do mercado imobiliário incluem a Taxa Selic, o IGP-M e o INCC

Quais são os principais indicadores do mercado imobiliário e como compreendê-los?

Se você deseja comprar um imóvel – seja para uso próprio ou para rentabilizar a propriedade –, precisa entender e avaliar os indicadores do mercado imobiliário. Para te ajudar nessa tarefa, o Blog da Arbo preparou uma lista completa, com todas as informações que você precisa saber.

Taxa Selic

A Taxa Selic, ou simplesmente Selic, é a taxa básica de juros da economia brasileira. Isso significa, portanto, que todos os juros praticados no País são calculados de acordo com o nível dessa taxa.

A cada 45 dias, o Copom (Comitê de Política Monetária) se reúne para decidir entre a manutenção, a queda ou o aumento do nível da Taxa Selic, o que faz com que esta vire notícia.

No dia 16 de junho, por exemplo, os membros do Copom se reuniram e definiram o aumento de 0,75 ponto, o que elevou a taxa ao nível de 4,25% ao ano. Com isso, a expectativa para a taxa no final de 2021 subiu de 6,25% ao ano para 6,5% ao ano.

Todos os dados sobre a Taxa Selic são publicados no Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central. Essa é uma importante fonte para quem deseja conferir informações confiáveis antes de finalizar uma negociação.

Conheça os indicadores do mercado imobiliário
Mais do que acompanhar os dados mostrados pelos indicadores do mercado imobiliário, você deve saber como interpretá-los

IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado)

O IGP-M não está relacionado somente ao mercado imobiliário. Isso porque seus dados impactam diretamente no custo de vida dos cidadãos, bem como na rentabilidade de alguns investimentos.

De maneira geral, o IGP-M pode ser definido como um indicador de preços. Esse é mensurado todos os meses pela FGV e tem o objetivo de mostrar a inflação do país, ou seja, o aumento dos preços.

Por se tratar de um índice geral de preços, o IGP-M costuma não estar próximo ao mercado. Nesse caso, a maior influência ocorre em empresas e em indústrias, que podem ter sua produção e sua prestação de serviços afetadas pela alta do dólar.

No caso do mercado imobiliário, entretanto, a principal contribuição do índice está relacionada aos cálculos de reajuste de aluguel. Dessa forma, os dados devem ser verificados, principalmente, por investidores que desejam comprar um imóvel com o objetivo de rentabilizá-lo por meio da locação.

INCC (Índice Nacional de Custo da Construção)

O INCC é um dos principais índices do mercado imobiliário, especialmente, para as construtoras. Isso porque suas informações são essenciais para que essas empresas calculem o valor de empreendimentos imobiliários.

Assim como o IGP-M, o INCC é calculado mensalmente pela FGV e tem como base a análise do aumento ou da redução dos custos para a compra de insumos para a construção de imóveis.

O INCC é representado por sete cidades brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Recife e Salvador), mas é tido como parâmetro em todo o território nacional.

No que se refere à sua importância, o INCC é essencial para que as construtoras calculem quais reajustes podem ocorrer antes da finalização e da entrega da obra. Dessa forma, o índice permite que as empresas tenham uma previsão do valor que deve ser cobrado por um imóvel.

Conheça os indicadores do mercado imobiliário
Os indicadores do mercado imobiliário são essenciais, também, para as empresas do setor

IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo)

Criado em 1979, o IPCA é um dos indicadores de inflação mais importantes de todo o Brasil. O principal objetivo do indicador é verificar a variação dos preços de determinados produtos e serviços. Nesse caso, estes precisam ser comercializados no varejo.

O IPCA considera o consumidor amplo porque, em seus cálculos, abrange mais de 90% da população urbana do País. De maneira geral, o índice determina se as previsões para o próximo mês são de alta, de queda ou de estabilidade.

No caso de investimentos, é importante verificar a inflação e suas possíveis alterações no decorrer dos meses. Isso porque, caso a inflação sofra mudanças bruscas e represente diminuição nos rendimentos, o investimento pode se tornar algo inviável ou pouco vantajoso.

Entretanto, o cenário é diferente ao se falar em mercado imobiliário. Como os imóveis são classificados como ativos reais, seus preços são automaticamente corrigidos pela inflação.

Atualmente, o IPCA tem ganhado destaque nas manchetes nacionais por conta de um Projeto de Lei que prevê que o reajuste de aluguéis seja calculado com base no índice, e não mais com base no IGP-M.

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O projeto foi apresentado em maio pelo senador Telmário Rosa (Pross-RR), que declara que o uso do IGP-M para o cálculo dos reajustes de aluguéis pode agravar a crise econômica de inquilinos de imóveis residenciais e comerciais no Brasil.

No texto do Projeto de Lei, Rosa aponta um desequilíbrio entre o IGP-M, índice mais utilizado atualmente para o cálculo de reajustes de aluguéis, e o IPCA, indicador oficial do Governo Federal.

Outro aspecto importante a ser considerado é a utilização do IPCA para a contratação de financiamentos imobiliários. Nesse caso, o financiamento, por estar baseado no IPCA, tem suas taxas indexadas à inflação e, assim, conta com uma taxa pré-fixada mais baixa.

Quer saber mais sobre os indicadores do mercado imobiliário e sobre a importância de acompanhá-los? Então assista ao vídeo Imóveis | Como analisar o mercado imobiliário com um método prático (e comprar na hora certa, publicado no canal O Primo Rico, no YouTube:

O acompanhamento dos indicadores do mercado imobiliário é essencial para a análise da viabilidade e das vantagens de uma negociação no setor. Além disso, é importante estar informado sobre as principais notícias e, para isso, você pode contar com o Blog da Arbo.

Aqui você encontra conteúdos exclusivos sobre o mercado imobiliário de forma geral e, com isso, pode tomar as melhores decisões antes de comprar ou de alugar uma casa ou apartamento.

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autor danilo brandão
Danilo Brandão

Danilo Brandão é jornalista com mais de 5 anos de experiência em produção de conteúdo para o mercado imobiliário. É redator, revisor e editor do Blog da Arbo, além de ser responsável por outras frentes dentro da empresa.

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