29 de abril de 2024

Fim dos cortes da Selic?

Fim dos cortes da Selic?

Nesta edição, você vai ver que este pode ser o melhor momento para incentivar os seus clientes a conquistarem o sonho da casa própria, já que o mês de maio pode ser marcado pelo fim do ciclo da redução da Selic no curto prazo.

Pegue seu café, porque está na hora de ler as últimas notícias do mercado imobiliário.

Além dos cortes da Selic, também trouxemos atualizações sobre FGTS Futuro, nova redução do IGP-M e seus impactos nos contratos de locação, além dos resultados do aluguel por temporada no litoral paulista no feriado prolongado da semana passada.

Boa leitura!

Fim dos cortes da Selic?

A melhor hora para vender imóveis chegou?

Em nossa última edição, noticiamos que o sexto corte consecutivo da Selic traz expectativas positivas para o mercado imobiliário e que o barateamento das taxas de juros do crédito só devem chegar ao bolso do consumidor no segundo semestre de 2024.

No entanto, se você tem um cliente que está na dúvida entre comprar um imóvel neste momento ou esperar um pouco mais, saiba que agora pode ser a melhor hora para financiar um imóvel.

Isso acontece porque, mesmo que o mercado tenha previsto que a taxa básica de juros fecharia 2024 abaixo dos 10%, a trajetória de queda da Selic pode estacionar em 8 de maio, quando deve ser anunciado mais um corte de 0,5 ponto percentual – possivelmente, o último corte a curto prazo.

Entre os possíveis efeitos da estagnação da queda nos juros, está o aumento da demanda por imóveis e a subida dos preços, o que representa um importante argumento para acelerar os negócios agora.

🤔 Incertezas levaram Copom a rever cortes futuros

Em ata divulgada após a última reunião, o Copom falou sobre incertezas e indicou que uma nova redução dos juros similar às anteriores deve acontecer “na próxima reunião”, no singular, enquanto nas atas anteriores indicam uma previsão no plural.

O comportamento da inflação, o mercado de trabalho aquecido e a atividade econômica mais forte se destacam entre os fatores que levariam a uma possível pausa nos cortes da Selic.

Ao mesmo tempo, o IPCA de fevereiro registrou uma relativa alta, com inflação acumulada em 12 meses atingindo o teto da meta estabelecida pelo Banco Central, que é de 4,5%.

As altas taxas de juros no mundo também fazem parte do pacote de incertezas listadas pelo Comitê.

Vale lembrar que no dia 20 de março, enquanto o Copom reduziu a Selic em mais 0,5 ponto percentual, o Fed (banco central norte-americano) decidiu manter as taxas de juros na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano, número considerado alto. 

Como nós informamos anteriormente, os juros elevados aumentam a atratividade dos títulos públicos norte-americanos, afetam os mercados de ações, influenciam o valor do dólar e podem resultar em uma desaceleração econômica global.

Até lá, cabe ficar atento às movimentações do mercado em relação aos próximos passos da política monetária.

Fim dos cortes da Selic?

FGTS Futuro é aprovado

Na terça-feira, 26, o Conselho Curador do FGTS aprovou o FGTS Futuro, que possibilita que os brasileiros usem depósitos futuros de sua conta do FGTS para comprar a casa própria.

A medida deve entrar em vigor ainda este mês e beneficiará mais de 40 mil famílias com renda mensal bruta de até R$ 2.640 mil, que se enquadram na Faixa 1 do Minha Casa Minha Vida.

Essa modalidade de crédito habitacional foi comemorada pelo mercado imobiliário, já que pode facilitar a compra da casa própria e aquecer a demanda de incorporadoras e imobiliárias que trabalham com imóveis populares.

Se você atende a esse público, é importante deixar claro para o seu cliente que os depósitos de 8% do salário serão utilizados para amortizar as prestações do imóvel, o que pode acelerar a quitação do financiamento.

No entanto, caso o trabalhador deixe o emprego, ele assumirá a dívida, que tem impacto direto no valor das prestações. Por exemplo, se a pessoa paga uma prestação de R$ 500 e utiliza R$ 200 do FGTS Futuro para abatê-la, em caso de demissão, a prestação aumenta para R$ 700.

Locação por temporada ficou mais barata na Páscoa

Se você trabalha com locação por temporada, é possível que tenha registrado uma queda no faturamento durante o feriado da Páscoa deste ano em comparação com o ano passado, de acordo com dados do Creci-SP.

Em média, 14 em cada 20 imóveis de locação para temporada no litoral paulista estão com preços menores do que os praticados no ano passado. 

No Litoral Centro, que abrange cidades como Santos, São Vicente e Guarujá, as diárias em casas de 3 dormitórios chegaram a registrar redução quase 70%, passando de R$ 3.900,00 para R$ 1.260,00.

As casas de 4 dormitórios e os apartamentos nessa região também experimentaram queda no valor do aluguel por temporada. A única exceção foram as casas de 1 dormitório, que registraram um aumento de 44,92%.

Em cidades como Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe, no Litoral Sul, o cenário foi um pouco diferente. Alguns tipos de imóveis tiveram valorização expressiva, com aumento de até 178,73% no valor da diária, que chegou a R$ 3.200,00.

Já no litoral norte, as maiores variações foram observadas nos apartamentos de 4 quartos, que tiveram uma queda de 52,07%, enquanto as casas de 2 dormitórios valorizaram 57%.

Inflação do aluguel cai 0,47%

O IGP-M apresentou uma variação negativa de 0,47% em março, conforme dados divulgados pela FGV em 27 de março.

Esse é o segundo mês consecutivo em que a “inflação do aluguel” registra queda, após um recuo de 0,52% em fevereiro. Com esses resultados, o IGP-M acumula uma queda de -0,91% no ano e de -4,26% nos últimos 12 meses.

➡️ O IGP-M negativo provoca redução do aluguel?

Depende do que for estabelecido no contrato de locação da sua imobiliária.

Se o contrato de locação estabelecer que o reajuste é baseado no IGP-M e o índice for negativo, o proprietário e o inquilino podem concordar em reduzir o valor do aluguel.

No entanto, é importante ressaltar que o dono do imóvel não é obrigado a aceitar a redução do valor do aluguel se o contrato indicar outro índice de correção. 

Ainda é válido ressaltar que, em geral, existem duas situações comuns em relação a esse tema: quando o contrato determina a aplicação do IGP-M (ou outro índice) somente quando ele for positivo; e quando o contrato prevê o reajuste independentemente de ser positivo ou negativo. 

Nesse último caso, embora seja uma prática arriscada, é comum que o proprietário e a imobiliária aumentem o aluguel quando o índice é positivo, mas não reduzam quando o indicador cai.

➡️ Qual é a realidade atual do mercado de locação?

Apesar do IGP-M estar apresentando deflação, quando analisamos o contexto do mercado, a realidade é outra.

Segundo o Índice FipeZap de locação residencial, o indicador acumula alta de 15,85% nos últimos 12 meses, enquanto o acumulado de 2024 é de 2,56%.

Fim dos cortes da Selic?

Proficiência para corretores pode voltar

O Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci) está planejando entregar ao Congresso Nacional, ainda no primeiro semestre, uma proposta de modernização da Lei Federal 6.530/78, que regula a profissão do corretor.

Com o objetivo de aprimorar a qualidade dos profissionais que atuam no mercado imobiliário, uma das medidas propostas pela instituição é a reintrodução do exame de proficiência obrigatório, ideia similar ao exame da OAB para bachareis em Direito.

Caso a proposta avance, os atuais corretores de imóveis não devem ser afetados pela mudança, já que possuem direito adquirido para exercer a profissão.

🗓️ Exame de proficiência já foi implantado anteriormente

A proposta de implantação de um exame de proficiência não é nova. Em 2006, o Cofeci já havia implantado o exame, que foi aplicado ao longo de quatro anos. 

No entanto, após decisões judiciais contestando a legalidade da exigência da aprovação no exame para se tornar corretor, o Conselho revogou a norma em 2010.

🔎 Outras pautas previstas pelo Conselho

Além do exame de proficiência, o Conselho propõe outras medidas para a atualização da lei dos corretores. Uma delas é a criação do Registro de Responsabilidade Técnica (RRT), exigindo autorização por escrito antes de realizar transações imobiliárias.

A proposta também prevê que o Cofeci seja responsável pela tecnologia e regulamentação de um sistema para a tokenização de ativos imobiliários, além da padronização de contratos conforme as normas da ABNT.

O tratamento diferenciado ao corretor nas repartições públicas, com a redução de prazos nos cartórios para entrega de certidões relacionadas a transações imobiliárias também é um tema presente na pauta.

Fim dos cortes da Selic?

Imobiliária paga R$ 2 mi após corretora incendiar casa por engano

Uma imobiliária foi condenada a pagar mais de 850 mil dólares australianos, equivalente a R$ 2 milhões, após uma corretora da empresa incendiar acidentalmente uma casa em um bairro nobre de Sidney que era avaliada em cerca de R$ 10 milhões.

O valor da indenização será para o proprietário pela perda do imóvel e para os locatários que tiveram seus pertences destruídos. O incidente ocorreu em 2019, quando a corretora colocou um monte de roupas em uma prateleira de aço próxima a uma luminária.

Agora, fica a reflexão: a sua imobiliária está tomando todos os cuidados necessários para preservar os imóveis de sua carteira?

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Até a próxima edição! 

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Ellen Ramos Cardoso
Ellen Ramos Cardoso

Ellen é jornalista e traz consigo uma bagagem que combina experiências em agências de comunicação, assessoria e jornais. É responsável pelos conteúdos aqui do blog e da Arbo 360º, com o compromisso de ajudar gestores e imobiliárias a descomplicar suas rotinas e impulsionar os resultados.

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