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Nesta edição, destacamos que, no primeiro trimestre, o montante de financiamentos pelo SBPE, a principal fonte de crédito imobiliário, foi R$ 7 bilhões menor do que o liberado no mesmo período do ano passado. Além disso, abordamos que o alto custo do aluguel é um dos responsáveis pelo déficit habitacional no país.
Boa leitura!
- 👍 Resultado de março é positivo
- ➡️ Entenda como isso acontece
- 💎 Boom em Goiânia é marcado pelo luxo
- 💰 VGV médio lançado
- 📈 Valor do metro quadrado
- 🏠 Bairros com metro quadrado mais caro
- 📊 Participação no mercado imobiliário
- 🏗️ Como funciona
- 🌳 Esse modelo de construção é mais sustentável
- 🔎 Implantação ainda é um desafio
Financiamento imobiliário cai 17%
Os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas SBPE tiveram uma queda de 17,3% no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2023.
➡️ Com essa redução, o total financiado foi de R$ 33 bilhões, o que representa uma diminuição de cerca de R$ 7 bilhões em comparação com o ano anterior.
👍 Resultado de março é positivo
Apesar da queda no trimestre, o mês de março apresentou resultados satisfatórios. No período, os financiamentos imobiliários via SBPE somaram R$12,9 bilhões. Isso representa:
📈 Crescimento de 23,3% em relação a fevereiro;
🏠 Mais de 40 mil imóveis financiados.
A recuperação do crédito no terceiro mês do ano pode ser vista com bons olhos, pois, de acordo com a série histórica da Abecip, os valores financiados no segundo trimestre do ano geralmente superam os do primeiro trimestre. 👀
Governo pretende ampliar crédito imobiliário
Já que estamos falando sobre a redução do financiamento através de recursos da poupança, o governo federal anunciou que vai ampliar o papel da Empresa Gestora de Ativos (Emgea) como securitizadora no mercado imobiliário.
A ideia é que a Emgea adquira os créditos presentes nos balanços das instituições financeiras e, posteriormente, os revenda a investidores interessados nesse tipo de ativo. Essa medida visa:
💰 Liberar espaço no balanço dos bancos;
🏠 Permitir que eles ofereçam mais crédito a brasileiros que não se encaixam nos programas habitacionais populares;
💵 Suprir a queda da captação da poupança.
Aluguel é o principal responsável pelo déficit habitacional
Na última quarta-feira, 24, foi divulgado um estudo da Fundação João Pinheiro (FJP), em parceria com a Secretaria Nacional de Habitação, sobre o cenário de déficit habitacional no país. Segundo o levantamento:
➡️ O déficit habitacional do Brasil ultrapassa 6,2 milhões de domicílios.
➡️ Mais da metade dos moradores de imóveis nessa condição direcionam mais de 30% da renda para o pagamento do aluguel.
➡️ O Sudeste é a região do Brasil com o maior número de domicílios em situação de déficit habitacional, com mais de 2 milhões de moradias classificadas dessa forma.
⚠️ É importante ressaltar que a pesquisa considera como déficit habitacional as residências com certo nível de precariedade, lares em que há coabitação ou que os moradores recebem até 3 salários mínimos e destinam mais de um terço da renda para o pagamento do aluguel. 🤳 Leia o estudo na íntegra
VGV de Goiânia cresce 126% em 10 anos
O VGV de Goiânia registrou um salto de 126% na última década, passando de R$ 2,6 bilhões em 2014 para quase R$ 6 bilhões em 2023. Essa cifra já representa o terceiro valor geral de vendas do Brasil, ficando atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro.
Mas o que explica o crescimento do mercado imobiliário goiano?
O agronegócio! 🌱
➡️ Entenda como isso acontece
- A economia de Goiânia é impulsionada pelo agronegócio, que cresceu 15% entre 2022 e 2023, conforme dados do IBGE.
- Com isso, muitos empresários do ramo decidem morar ou transferir a sede dos escritórios para a cidade, movimentando o mercado imobiliário.
💎 Boom em Goiânia é marcado pelo luxo
O aquecimento do setor em Goiânia está sendo acompanhado por um aumento no padrão de qualidade dos imóveis, já que os milionários do agronegócio buscam alta qualidade, exclusividade e luxo nos investimentos.
🤑 Curiosidade: o metro quadrado do segmento de luxo na cidade é de R$ 13 mil, enquanto, em São Paulo, o valor supera os R$ 20 mil.
Metro quadrado de luxo sobe 8% em SP
Ainda falando do mercado de luxo, recentemente, a Abrainc divulgou um estudo sobre esse segmento na cidade de São Paulo.
Confira os principais resultados:
💰 VGV médio lançado
Houve um crescimento de 30% no VGV médio lançado, na comparação entre 2020 e 2023. No último ano, o valor superou os R$ 10 bilhões.
📈 Valor do metro quadrado
O preço do metro quadrado de luxo na capital paulista subiu 8% em 2023, atingindo um valor médio de R$ 25.737.
🏠 Bairros com metro quadrado mais caro
Indianópolis e Moema, localizados na Zona Sul, são os bairros com o metro quadrado mais caro de São Paulo. Os valores médios são de R$ 31 mil e R$ 26 mil, respectivamente.
📊 Participação no mercado imobiliário
Embora represente apenas 2% das unidades lançadas, o mercado de luxo é responsável por 28% do VGV em toda a cidade.
Fábrica automatizada produz até 4 mil imóveis por ano
No início deste mês, foi inaugurada a primeira fábrica automatizada de construção de prédios do Brasil, localizada no interior do Paraná, que permite a produção em escala.
🏭 Expectativa: Em 2026, quando a fábrica operar com 100% de sua capacidade, a novidade será capaz de produzir até quatro mil apartamentos por ano.
👀 Expansão à vista: Outras 20 fábricas devem ser lançadas no país até 2029 em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás.
🏗️ Como funciona
A fábrica de construção segue o mesmo princípio da linha de montagem utilizada na indústria automotiva.
Ao final da produção, as estruturas pré-moldadas de paredes, lajes e pisos saem prontas, com a parte hidráulica e elétrica já integradas na estrutura.
🌳 Esse modelo de construção é mais sustentável
A descarbonização é uma das principais preocupações da construção civil, e as fábricas desempenham um papel importante nessa questão por um motivo simples: a construção pré-moldada tem menor emissão de carbono em comparação com os métodos tradicionais.
⏯️ Assista: O desafio da descarbonização do mercado imobiliário foi apresentado na primeira edição do Inman Connect 2024, um dos principais eventos mundiais do setor.
Além disso, o desperdício gerado pelas fábricas é menor do que o da construção convencional. Confira o comparativo:
➡️ Construção tradicional: 15% a 30% de desperdício;
➡️ Construção pré-moldada: 3% de desperdício.
🔎 Implantação ainda é um desafio
Embora a construção pré-moldada seja mais rápida, o custo e os requisitos para a implantação de uma fábrica desse tipo ainda são desafiadores por estes motivos:
💰 A construção pré-moldada é considerada uma venda de materiais, sujeita à incidência de IPI e ICMS, além dos tributos tradicionais da construção, o que afeta os custos da operação;
➡️ Para que a produção seja economicamente viável, o projeto a ser construído precisa comportar, no mínimo, 1.000 apartamentos e estar localizado em um raio de até 300 km da fábrica.
Até a próxima edição! 👋
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